segunda-feira, 29 de março de 2010

GOYA – O Shakespeare do pincel

30 DE MARÇO DE 1746Nasce Francisco Goya, pintor Espanhol
Fuzilamento de 3 de Maio, 1814
Francisco José de GOYA y Lucientes nasceu em Fuentedetodos, Aragão, Espanha.
Tendo como seu primeiro mestre, na Academia de Desenho de Saragoça, o pintor José Luzán, Goya foi, mais tarde, para Madrid, para estudar com o pintor da corte espanhola Francisco Bayeu. Goya foi um pintor que percorreu a pintura espanhola e europeia desde o neoclassicismo de fins do século XVIII até ao romantismo.

Em 1770 foi para Italia completar os seus estudos, regressando a Espanha, Saragoça, onde, durante 10 anos, foi encarregado de pintar frescos para a Catedral local. Em 1775, dirigido pelo artista alemão Anton Raphael Mengs, um dos expoentes do Neoclassicismo, e director artístico da corte espanhola, Goya executou trabalhos para a Real Fábrica de Tapeçarias de Santa Bárbara.

Após ter sido nomeado pintor do Rei Carlos III, iniciou uma série de retratos de gente da casa real e outros ilustres da época, cujos trabalhos foram comparados com a mestria de Velasquez. Já como Pintor da Câmara, e após a invasão francesa, Goya é conotado como colaboracionista do regime francês imposto, e só mostra que não era afecto ao governo intruso, pintando os quadros «O Dois de Maio ou a Carga dos Mamelucos» e os «Fuzilamentos da Moncloa», para perpetuar a resistência e a luta do povo espanhol contra Napoleão Bonaparte.A sua obra «Majas», leva com que seja apontado como ser obsceno pela Inquisição. Mas após a sua “purificação” Goya recupera a função de Primeiro Pintor da Câmara, iniciando uma série de obras onde evoca a personalidade cruel do Rei Fernando VII.

Era denominado como "o Shakespeare do pincel" por as suas obras passarem uma enorme variedade de temas representativos de retratos, paisagens, cenas mitológicas, tragédia, comédia, sátira, farsa, homens, deuses e demônios, feiticeiros, e um pouco do obsceno. A forma como Goya executa as suas obras e os impulsos nelas expostas vão, posteriormente, constituir princípios orientadores de diversos desenvolvimentos importantes da história da pintura nos séculos XIX e XX. Assim, ROMANTISMO na exaltação da cor e nos processos narrativos; REALISMO pelo impiedoso naturalismo e pela crítica aguda; IMPRESSIONISMO pela justaposição de pinceladas de cores puras para formar novas cores e delimitar as massas; EXPRESSIONISMO, pela deformação da realidade; SURREALISMO pelas visões fantásticas e oníricas.

Com o falhanço de uma nova tentativa de instauração de um regime liberal em Espanha (1824), e o reacender das perseguições, parte com muitos outros liberais espanhóis para França, em Maio de 1824. Em Setembro desse ano instala-se em Bordéus, morrendo em 16 de Abril de 1828.

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