13 DE OUTUBRO DE 1981 - MORRE ANTONIO BERNI, O PINTOR QUE UTILIZOU O PINCEL COMO ARMA CONTRA A DITADURA
António Berni de pai italiano e mãe argentina, nasceu na cidade de Rosário, no dia 14 de Maio de 1905, tendo iniciado os seus estudos de desenho aos 11 anos, mostrando, desde logo, grande apetência para a pintura, fazendo a sua primeira exposição individual com 15 anos de idade. 
Entre 1955 e 60, António Berni expôs em Paris, Varsóvia, Bucareste, Moscou e Praga e foi laureado na Bienal Internacional de Gravura de Liubliana, Iugoslávia, e de Cracóvia, Polônia.

António Berni retatou também a mulher numa serie de serigrafias, que são uma alegoria, de forte sarcasmo, aos sacrifícios a que as mulheres se submetem para se tornarem belas com as torturas do regime.
Noutra série, “assemblages”, usa material das ruas combinados com colagem para expressar preocupações do período realista.
Alguém terá dito que, “A arte de misturar xilogravuras e colagens e o padrão que aplicou às gravuras deram-lhe um lugar de destaque na vanguarda modernista, junto com a temática social que permite compreender o quotidiano das cidades latinas, seus costumes e mitos regionais”.
Uns dias antes da sua morte Berni numa entrevista dizia:” a arte é uma resposta à vida. Ser artista é empreender uma maneira rigorosa de viver, é adoptar uma das formas de liberdade, é não fazer concessões. A pintura é uma forma de amor, de transmitir os anos na arte.”
Antonio Berni morreu em Buenos Aires em 1981
Sem comentários:
Enviar um comentário