PORTINARI – O pintor dos grandes murais

29 de Dezembro de 1903 - Nasce o pintor brasileiro Cândido Portinari

Os retirantes-1944

Cândido Torquato Portinari nasce em São Paulo a 29 de Dezembro de 1903. Desde muito cedo que manifestou o seu interesse pela pintura e pelo desenho. Aos seis anos de idade, Portinari começa a desenhar e aos nove participou durante vários meses nos trabalhos de restauração da igreja de Brodowski, ajudando os pintores italianos. Aos dez anos, desenhou o retrato de Carlos Gomes (compositor brasileiro de ópera brasileiro), que viu impresso numa caixa.

Em 1918 Portinari, ingressa no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, na qual estudou desenho e pintura. Em 1922, executa uma obra para o Salão de Belas Artes, e ganha a medalha de bronze pelo seu trabalho.

A sua pintura aproximava-se do cubismo, surrealismo e dos pintores muralistas mexicanos, sem, contudo, se distanciar totalmente da arte figurativa e das tradições da pintura. Em 1955, recebe a medalha de ouro concedida pelo Internacional Fine-Arts Council de Nova York como o melhor pintor do ano. É autor dos dos painéis GUERRA E PAZ, oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da Organização das Nações Unidas. Concluídos em 1956, os painéis, medindo cerca de 14x10 m cada - os maiores pintados por Portinari - encontram-se no "hall" de entrada dos delgados de edifício-sede da ONU, em Nova York. Portinari foi proibido de entrar nos EUA para inaugurar os painéis, acusado de ser comunista.

Portinari pintou quase cinco mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais. Foi o pintor brasileiro a alcançar maior projecção internacional.

Morre a 6 de Janeiro de 1962, vítima de intoxicação do chumbo existente nas tintas que utilizava.

Guerra e Paz

Cumpriram-se 50 anos da inauguração dos painéis Guerra e Paz, de Candido Portinari, no prédio da ONU, em Nova York. Quadros que não puderam ser inaugurados pelo pintor brasileiro, que teve a sua entrada nos EUA recusada por ter sido considerado “comunista”. Durante muitos anos os quadros encontravam-se sem identificação, a ponto de os guias não saberem indicar aos visitantes a autoria dos painéis. Só quando se cumpriram 50 anos da sua execução, os painéis de Portinari foram identificados e “inaugurados”. »»Consulta no: Discuta Política