07 DE ABRIL DE 1893 - Nasce Almada Negreiros, artista português
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Fernando Pessoa |
José Sobral de Almada Negreiros, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português, nasceu em São Tomé e Príncipe, em 7 de Abril de 1893. Almada Negreiros foi educado no Colégio dos Jesuítas de Campolide, mais tarde, no Liceu de Coimbra.

Como escritor, no ano seguinte, em 1915, escreve a novela A Engomadeira, publicada em 1917. Ainda nesse ano Almada realiza o bailado O Sonho da Rosa. Colabora no primeiro número da revista Orpheu, revista esta fortemente criticada, na altura, por Júlio Dantas, afirmando que os autores da mesma eram pessoas sem juízo, gerando uma querela de índole intelectual entre Almada e Dantas, pois, em 21 de Outubro do mesmo ano estreia-se a peça de Júlio Dantas Soror Mariana e Almada irá reagir com a publicação do Manifesto Anti-Dantas e por Extenso.
Em 1919, com o fim da Primeira Guerra Mundial, parte para Paris, onde exerce actividades de sobrevivência, e escreve Histoire du Portugal para coeur, publicada em 1922, mas regressa no ano seguinte.
Em 1921 António Ferro convida-o para desenhar para a Ilustração Portuguesa, iniciando aqui uma serie de ilustrações para cartazes, diversas revistas e livros.
De 1927 a 1932 vive em Espanha, e em 1934 casa com a pintora Sarah Afonso. Começa a ser solicitado regularmente para a realização de trabalhos de índole oficial. Em 1941, o Secretariado da Propaganda Nacional, organiza a exposição Almada - Trinta Anos de Desenho, e o convida a participar na 6.ª Exposição de Arte Moderna e na exposição Artistas Portugueses apresentada no Rio de Janeiro, no Brasil e lhe atribui, em 1942, o Prémio Columbano.
De 1943 a 1948 a pinta os frescos das Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos, sendo-lhe atribuído o Prémio Domingos Sequeira em 1946. Importante, também, foi o seu trabalho de vitrais. Em 1954, pinta o célebre retrato de Fernando Pessoa
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tapeçaria O Número no Tribunal de Contas em Lisboa |
Realiza as suas últimas obras em 1969 - o painel Começar no átrio da Fundação Calouste Gulbenkian, começado no ano anterior, e os frescos Verão na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Pinta também o seu célebre quadro «As mulheres amam-se» que apresenta duas mulheres a acariciarem as vaginas umas das outras, e tem como fundo um bonito campo em S. Tomé
Em 15 de Junho de 1970 morre no mesmo quarto em que tinha morrido Fernando Pessoa, no Hospital de São Luís dos Franceses.
Fonte: Portal da História
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Estudo cenico-Arlequim |
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