quinta-feira, 18 de março de 2010

TAMARA LEMPICKI – Pintora de emoções fortes

18 DE MARÇO DE 1980 Morre Tamara Lempicki, pintora polaca.
Dormeuse, 1934
Maria Gurwik-Górska, ou 'Tamara de Lempicka', nasceu em Varsóvia, na Polônia, a 16 de Maio de 1898.
É em Paris, no entanto, para onde foge com 16 anos, que Maria encontraria o seu verdadeiro destino. Em 1916 casa-se com o nobre advogado polaco Tadeusz Lempicki. Adopta um novo nome, Tamara de Lempicka, e, em 1918, vai estudar Pintura na Académie de la Grand Chaumière, tornando-se discípula do pós-impressionista Maurice Denis e do neocubista André Lhote e cujos ensinamentos irão influencias definitivamente o seu trabalho; do primeiro, herdará o colorido brilhante e sólido; do segundo, o desenho geométrico e a maneira de decompor os volumes.
Femmes au bain, 1929
Amigos, amantes e sua adorável filha são os temas das suas telas, em figuras com volumes agigantados, fortes nos detalhes e com delineamento simples. Imprimindo extravagância e sensualidade aos seus modelos, expressa um certo erotismo em grande parte da sua obra.
Em 1925, realiza sua primeira exposição individual, em Milão, e exibe seus trabalhos na primeira mostra art déco de Paris. Tamara de Lempicka tornou-se numa das mais importantes artistas de sua geração, pintando membros da nobreza européia e socialites-
Musician
Já divorciadas do seu primeiro marido, e introduzida na socialite francesa vive uma vida de sonho e de emoções fortes. La belle polonaise, como era conhecida, famosa pela sua beleza física, era abertamente bissexual e seus casos com homens e mulheres causavam escândalo na época. De 1926 até metade dos anos 30, transforma-se numa verdadeira diva, tornando-se num exemplo de modernidade e elegância. A marca de cosméticos Revlon lança um batom com o seu nome. Casa com o seu ex mecenas, o Barão Raoul Kuffner ,e, em 1939, muda-se para Beverly Hills, na California. Mais tarde tenta novo estilo através do Abstraccionismo e da pintura a espátula, técnica esta que adopta nos anos 60. Mas a crítica e o público não a seguiriam.
“ Para aqueles que, como eu, vivem à margem da sociedade, as regras habituais não têm qualquer valor” – esta frase define claramente o espírito e a postura de Tamara de Lempicka ao longo da sua vida e obra.
Em 1978 muda-se para Cuernavaca, no México, onde viria a falecer, em 1980.

Adam and Eve, ca. 1932

Sem comentários:

Enviar um comentário

Pesquisar neste blogue